Não me acorde não, coração Que esse mundo é um desafino só Embalei o sono em acordes tão profundos...deixa o mundo! Só me acode, coração Se eu parar de respirar Ou...se a canção terminar.
Talvez os olhos se fechem só por saberem que é atras da escuridão que se escondem os sonhos. Mas algumas vezes a escuridåo é tamanha, que nos faz temê-los e até duvidar. E então o sono se vai.
Alimentar a alma com a beleza da arte, ainda me parece ser a forma mais doce e poderosa de lutar contra a morte.
Não a morte física, esta que apesar de abreviar toda dor e sofrimento ainda nos causa pavor e nos parece incompreensível. Mas a morte das coisas que realmente nos mantém vivos, e das quais nos distanciamos todos os dias, cada vez mais, sem que tenhamos a verdadeira dimensão desta tragédia anunciada. Morremos todos os dias: de insensibilidade, de mau humor, de egoísmo, de impaciência, de raiva, de tristeza, de tédio...de desencanto.
Que bom quando podemos nos reencantar de algo...que bom que a arte tem o poder de nos salvar, como bem diz o filósofo, por muitas e muitas vezes.
**Voltando do teatro...hoje foi a vez de Molière dar seu recado e salvar algumas almas do tédio. Enchanté!
O que realmente apavora não é pensar no quanto a vida pode ser triste, cruel ou dolorida, mas pensar no homem como autor de suas próprias tragédias. **voltando do cinema...filme: A menina que roubava livros. Uma guerra pode matar mil homens...mas nada é capaz de destruir os sentimentos mais puros, guardados no fundo da alma.
Inspira na brisa da manhã mais um punhado dos teus sonhos, e corre...mas não seja tempestade, a menos que o mar te pareça calmo demais.
Tudo que é calmaria, acostuma a alma a repetir sempre o mesmo dia, a mesma cantoria.
O amor é um sentimento puro e livre... emana das coisas puras e belas que a mão humana não é capaz de moldar, tampouco o homem é capaz de compreender. Mas se torna dor, sofrimento e culpa, quando damos a ele o sentido de posse.
Quiçá um dia o homem seja capaz de praticar o amor, mais do que a guerra!
"O silêncio as vezes se manifesta...nem sempre compreensível, nem sempre lúcido, mas sempre em tempo."