Deixa-me derramar cântaros
no mais profícuo drama
cantar meus desencantos
rasgar minh'alma em flama
velar meus desamores
aos pés de um deus ingrato
vociferar horrores
manchar santo contrato
despir meus ais, incauto
entregue à própria sorte
agonizar num palco
sangrando até a morte
...
mas quando a luz proscênica
findar pungente ato
mais uma tragédia helênica
encerra-se neste teatro!
Monica San
O drama serve ao poeta, como a bebida ao ébrio.
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