
macio e de carmim encarnado
ela se vê...
À sua volta
flores brancas perfumadas
o vestido de renda bordado
ás mãos o terço
de contas douradas.
Morta! Constata o fato.
Não sabe da hora ou do ato
do instante desolado
em que da vida despiu-se
Veste agora uma mortalha
é leito de pranto e dor
mas não sente...
tão leve, feito uma flor.
Tem ao seu lado um anjo
olhos da cor do mar
doce e terno acalento.
Morrer não é tão mau afinal
Sorri ao seu doce contento!
Os seios sente vibrar
os olhos lhe tocam
seu corpo responde
seu anjo arfante
deseja lhe amar.
O esquife torna-se leito
o anjo lhe cobre em beijos
e ali mesmo se amam!
Doce desvario aquele...
interrompido pelo tempo
tempo de despertar!
Do sonho. Doce sonho
que a morte lhe fez desejar!
Monica San
Nenhum comentário:
Postar um comentário