Uma onda se agiganta
e na orla o pequeno grão
mareia, mareia
tão pequeno mar a dentro
(marzão de vida)!
mar a dentro
mar a fora
mareia, mareia
ora vazante
ora cheia.
Monica San
23 junho, 2010
19 junho, 2010
Des(a)tino
É um sem sossego tão irritante,
que de marasmo mareja.
Desassossego na inércia é contrasenso.
Que senso em tanto desatino?
Desatinar em consenso
é desafinar no próprio fio,
no meio fio,
no fio condutor
que condiz mas não conduz a nada.
Des/fia,des/afia,des/ata.
Des/propósito mesmo
é estar cheia de nada,
vazia de tudo
e de palavras sem nexo
e sexo sem palavras
estar complexo
nesse sem fim de estrada.
Monica San
que de marasmo mareja.
Desassossego na inércia é contrasenso.
Que senso em tanto desatino?
Desatinar em consenso
é desafinar no próprio fio,
no meio fio,
no fio condutor
que condiz mas não conduz a nada.
Des/fia,des/afia,des/ata.
Des/propósito mesmo
é estar cheia de nada,
vazia de tudo
e de palavras sem nexo
e sexo sem palavras
estar complexo
nesse sem fim de estrada.
Monica San
03 junho, 2010
"C'est la vie"
Há dias em que só a morte parece fazer sentido.
Não que haja um desejo real em desfazer-se do corpo, ou das penas e dos pesos de se estar vivo, mas uma necessidade tão grande e gritante de fechar-se o todo em copas e ser nada mais do que um vulto passado. Deixar-se encerrar sem que as contas sejam feitas, os pesos medidos e as arestas aparadas.
Ser apenas mais um sopro, que cessou num suspiro último de alívio, ou de dor.
Há dias, em que morrer é mera questão de cerrar os olhos pois que a alma já fenece enquanto os dias correm e as noites se deitam sobre o corpo cansado.
Mas quão difícil se faz cerrar os olhos quando o corpo, ainda que abatido, insiste em pulsar.
(Ouvindo La Vie en rose... já que pulsa, aproveita pra sonhar)
Monica San
Não que haja um desejo real em desfazer-se do corpo, ou das penas e dos pesos de se estar vivo, mas uma necessidade tão grande e gritante de fechar-se o todo em copas e ser nada mais do que um vulto passado. Deixar-se encerrar sem que as contas sejam feitas, os pesos medidos e as arestas aparadas.
Ser apenas mais um sopro, que cessou num suspiro último de alívio, ou de dor.
Há dias, em que morrer é mera questão de cerrar os olhos pois que a alma já fenece enquanto os dias correm e as noites se deitam sobre o corpo cansado.
Mas quão difícil se faz cerrar os olhos quando o corpo, ainda que abatido, insiste em pulsar.
(Ouvindo La Vie en rose... já que pulsa, aproveita pra sonhar)
Monica San
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