30 março, 2011

...

Uma noite de sono nunca é suficiente, o dia ultrapassa todos os limites.

Monica San

29 março, 2011

... twittando

o meio termo é sempre uma zona de conforto.


há uma linha tênue que nos separa da compreensão... (talvez)



... talvez a morte não seja assim tão absurda nem a vida tão complicada



Talvez o Brasil tenha perdido um bom político, talvez agora alguém esteja bem melhor do que antes...

Monica San

28 março, 2011

...

Sobra gravidade para a leveza das coisas.

27 março, 2011

...

(Pra ontem)

Alçar as asas

de peso em peso

ser vento ileso

sem direção

ser leve, leve

sombra tardia

leve bem longe

sol contramão.



Monica San

18 março, 2011

À revelia


Ainda acho um rumo

um prumo, um lastro


por ora me basto. 


Me ajeito com meu jeito 


de quem inventa a vida 


em cada traço.

Monica San

Pensamentos soltos (ao menos eles têm asas)

Já não temo tempestades...antes, desespero com dias amenos.


Me sinto pisando sobre uma linha divisória, ínfima, quase imperceptível... passar ao outro lado só depende de uma leve brisa.


Uma das únicas coisas que o imaginário não compensa é o grito... não se pode gritar de mentira, ou se grita ou se cala. Merda.


Tudo na vida se justifica. Ou por erros ou por encargos, sempre temos contas a pagar.


O domingo é um sepúlcro. Guarda em si o silêncio dos dias mortos e mal passados.


Sempre que vejo as notícias sinto que estou assistindo à um suicídio coletivo...
e me sinto conivente, essa é a pior parte.


Não dá mesmo pra tirar os pés do chão... a realidade é uma sombra insistente demais.


Gosto de pensar na noite como um silêncio produtivo... mesmo quando produz balbúrdia, e muita confusão.


Dizer uma grande verdade ou inventar uma boa mentira... tudo não passa de mera convenção.


Quem foi que disse que pra ser bom tem que ser perfeito? Que pra ser feliz tem que fazer direito?


Poesia não se explica, assim como sentimentos não se contém...

Monica San

Noturna



Todos os encantamentos são maiores a noite.
A madrugada engole os amantes e transborda prazeres... e o dia coloca todos os pés no chão.

Monica San

09 março, 2011

"O desafio dos novos autores rio-pretenses" - Diário da Região 06/março

Uma boa surpresa neste fim de semana prolongado foi a indicação de meu nome juntamente com outros dois escritores rio-pretenses, para uma entrevista ao jornal Diário da Região. Compondo a série de matérias "Ouro da casa" o jornal traz um pouco do cenário literário em nossa cidade. Sem dúvida, um incentivo aos novos escritores.
Agradeço à Marciana Gomes, bibliotecária chefe da Biblioteca Municipal de Rio Preto pela indicação de meu nome e à Francine Moreno pela excelente matéria. 


 ‘A poesia é meu desabafo’


 Depois de um hiato de quase 30 anos de jejum literário, a secretária Mônica dos Santos criou um blog. Há cerca de quatro anos, sua vida tomou outras proporções, e aquilo que surgiu despretensioso, tornou-se para ela essencial. Por meio do “Asas de Pensamento”, hoje desativado, Mônica mergulhou no extenso universo da literatura. Depois desse período, nunca mais parou de publicar poesias. “Sempre gostei de literatura, mas nunca pensei nela de forma profissional”, afirma. Quando sentiu que podia ousar, criou o “Caleidoscopia” (www.caleidoscopiamonicasan.blogspot.com). 


Mãe de Pedro, 15 anos, e Vinicius, 10 anos, Mônica começou a escrever sem a intenção de divulgar: era apenas um canal para desabafar durante uma fase solitária. Até que conheceu um escritor de Minas Gerais, cuja intelectualidade a impulsionou a querer ir além. Criou uma comunidade sobre literatura no Orkut, participou de saraus, concursos de poesia e projetos literários, como o “Nelson Seixas”. No último, não foi selecionada, mas deu ao seu impulso uma direção. “Foi interessante ter a avaliação dos jurados, apontando erros e acertos.” 


O momento de êxtase veio com o convite para participar de uma coletânea: “Poemas e Outros Encantos”, editado pela Nova Coletânea, de Viçosa. “Me impulsionou a escrever mais. Hoje, tenho um material extenso no blog. Dá para a publicação de pelo menos dois livros”, revela. Mônica afirma que ainda tem muito texto em andamento. “São poesias e crônicas sem um estilo definido, mas algo bem intuitivo.” 


Atualmente, Mônica trabalha no Centro Integrado de Ciência e Cultura (CICC). O local reúne atividades de diferentes áreas de interesse e a regra é interagir para construir conhecimento, o que cria condições para Mônica formular novas visões que lhe possibilitem interferir na realidade de forma criadora. “Existe uma interação cultural constante que acaba sendo uma fonte de inspiração”, afirma. Esse estímulo é ainda aceso diariamente no curso do pedagogia. “É um casamento perfeito para criar novos textos.” 


Mônica afirma que tem uma forma bem pessoal para escrever. “Certa vez, um especialista disse que fico muito presa no eu. Concordo, porque escrevo de forma bem íntima, solitária, melancólica até. Falo sobre o dia a dia, as sensações, os sentimentos e a vida.” As poesias se tornam assim sua catarse. “Vem em forma de desabafo, do querer dizer algo que não consegue e que virou um vício”, afirma. No entanto, ela afirma que tem muito o que aprender, aprimorar e, “quem sabe, num futuro, escrever um romance.” 


O próximo passo, agora, é publicar o primeiro. O título já está definido. Leva o mesmo nome do segundo blog, “Caleidoscopia”. “Acredito que as coisas vão acontecer de forma inesperada.” A escritora afirma que, apesar de usar a internet para divulgar suas obras, não gosta do rótulo de escritora da rede. “A internet é apenas um caminho.” Sua ideia também é criar uma maior movimentação entre os escritores rio-pretenses. “Existe um grupo de autores que produzem em grande escala, mas o cenário é ainda muito elitizado.”



05 março, 2011

Chuva ácida

Mar de cabeça

pra baixo

sol em sono

profundo

molha terra

lava alma

chove pesares

do mundo.


Monica San

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