Abro-te o caminho das pedras
e entre elas escavas
sobrepujando tuas mãos
ao que há de mais interno
inferno das minhas entranhas!
Meus guardados aos poucos
ganhas na ânsia louca
de ser mais invasor e dono
do que convidado
a suprir-me o vão do abandono.
Deixo que te adones dos vãos
e também dos sulcos úmidos
que te sintas em casa
penetrando meus cômodos
e incômodos, pária imundo!
E te reservo,
num intento mais profundo
o prazer do gozo arrancado
na dor do amor inventado.
E me vingo, covardemente
da solidão insistente
e do beijo, que nunca foi dado.
Monica San
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Vc escreve tão bem, é uma pena q tenha tão poucos seguidores, devia divulgar mais o seu blog.
ResponderExcluirBjs!
Fico feliz em ter seguidores que realmente gostam do que escrevo, e voltam, assim como vc Fernanda... acho que não divulgo mais por não me preocupar muito com números, gosto mais das palavras. rsrsrs
ResponderExcluirMas fico feliz com sua atenção ao meu trabalho... vou tentar me dedicar mais aos leitores, se tiver alguns que sejam presentes como vc, ficarei ainda mais feliz.
Obrigada minha linda, de coração.
beijo!