19 setembro, 2010

Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida. (J Saramago)

Por mais que a poesia me encante e me consuma, para minha sorte, já que sem ela eu sou (me sinto) um pouco menos que nada, algumas vezes se faz necessário deixar o encantamento de lado e falar sobre os desencantos da vida que também fazem parte do "ser humano".
Sigo no twiter (ainda a passos lentos) o Juíz Evandro Pelarin, da cidade de Fernandópolis que adotou em 2005 o "toque de acolher", uma medida que vem reduzindo não só a presença de menores em situações de risco nas ruas, mas também os índices de criminalidade juvenil.
Posto a seguir alguns trechos do texto postado em seu blog há três dias atrás, e recomendo a leitura não apenas deste mas de vários onde pode-se acompanhar a seriedade de seu trabalho, a preocupação e o cuidado com assuntos delicados e urgentes de serem pensados e solucionados, e os resultados que vêm sendo obtidos quando estes cuidados são colocados em prática.



"...atualmente, existe uma ameaça real e crescente que aterroriza todo o Brasil, e não apenas nossa cidade. São as drogas, que vêm destruindo a juventude, suas famílias e a sociedade, fazendo-nos reféns de doentes drogados e, principalmente, de traficantes que se valem de atos criminosos extremamente graves, como homicídios, roubos violentos e estupros. Tudo isso tem o poder de provocar pânico e efeito paralisante. Mas, não entre nós, que decidimos lutar e enfrentar esse mal com toda a nossa força, sempre rogando a proteção de Deus e sob o império da lei.
E pela responsabilidade cristã e aquela que a lei nos atribui, passados cinco anos, nós não apenas alertamos a população e as famílias fernandopolenses. Assim como nos ensinou o antigo morador da ‘PM 10 Downing Street’, nós adotamos medidas concretas, efetivas, para tentar afastar o mal de nosso meio. Para tanto, o toque de acolher, o toque escolar, a permanente vigilância aos maus tratos às crianças por meio do SIBE (síndrome do bebê espancado), a inclusão de menores carentes no mercado de trabalho e o tratamento de menores viciados nas melhores clínicas de recuperação do Estado são algumas das medidas aqui implementadas, cuja finalidade última é a segurança social, à medida que se valoriza a família, a escola, o trabalho e a paz."



"Nossas adversidades, contudo, não são apenas as drogas e seus crimes. Há pessoas e autoridades, nesta cidade e fora daqui, que, ou por desdenhar da força dos entorpecentes e dos crimes que os envolvem, ou por entender que nós é que estamos sempre errados, ou por outras razões, entre elas, talvez, algumas no campo das vaidades, ao invés de se ajuntarem a nós, em nossa luta, essas pessoas e autoridades combatem o nosso esforço; e assim o fazem, em várias frentes, sistematicamente. Isso dificulta, sobremaneira, a nossa tarefa; pois, além do foco principal de nosso trabalho, ainda temos que dispor de tempo para responder a algumas acusações que nos lançam."



"De todo o modo, e mesmo assim, afirmamos, e cada vez com mais fôlego, que um sério e terrível espectro nos ronda. São as drogas, que alavancam crimes e mais crimes, não escolhendo classe social, sexo, cor ou idade entre suas vítimas. E mesmo diante de todas as dificuldades e contrariedades, temos que manter a fé, a confiança e o nosso trabalho em curso que, certamente, não cessa, não esmorece."

Evandro Pelarin


Para ler o texto na íntegra, acesse: Blog do Evandro Pelarin

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