09 maio, 2011

Peleja

...e a vida que de imensa
num sopro se faz mistério
é assim feito o infinito
que aos olhos perde a noção
de tanto que é indizível
e não se mede na mão
é palmo a palmo um segredo
de tão imenso faz medo
confunde até a razão
...e a vida que é tão bonita
essa mesma as vezes sofrida
escorre por entre vãos
é tempo que não se para
relógio que não desanda
batida que ora dispara
e não se colhe nas mãos
...e a gente que não entende
vasculha a compreensão
no oco do fim do mundo
teorizando de um tudo
tentando explicar contudo
os mistérios da criação
Quem sou eu, quem é você?
De que barro fomos feitos?
quanto pode isso valer

se de tão imperfeitos que somos
as vezes nem nos fiamos
em nosso próprio querer?
pobre homem tão confuso
tão perdido e obtuso
nem sempre sabe o que busca
mas mata, humilha e ofusca
em nome de um tal saber.



Monica San

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