15 março, 2012

Pensando, pensando, pensando...

A despeito de tantas falácias que insistem em colocar como complexo, confuso e incompreensível o universo feminino, ponho-me a observar e custo a crer no quanto o universo masculino pode ser tão ou mais inacessível à compreensão humana.
E como o homem, enquanto animal, é movido pelas coisas incompreensíveis da vida.

... Pois que, não vive o homem sem a parte outra, ou a mulher a mesma faceta?
Seja ela, a outra parte, da mesma natureza ou contrária, passa-se a vida toda em sua busca, por mais que se negue a necessidade de fundir-se corpo e alma a outra parte que se encaixe plenamente.

Seja pelo que chamam amor, pelo prazer do corpo ou pela elevação da alma, nos dispomos a enfrentar o desconhecido e tentar desvendar os mistérios do Ser.
Como compreender o prazer quem vem pela dor? A dor de amar e não ser amado, desejar e não possuir, enlear-se ao proibido ou simplesmente encantar-se com o inacessível?
Há tantos reveses neste vai-e-vem dos sentimentos, das emoções, que muitas vezes nos confundimos com nossas próprias escolhas ou crenças, buscando certezas onde só as dúvidas imperam, uma vez que sem elas não teríamos nada para fazer ou buscar.

A verdade é que, homem ou mulher, não importa, todos somos movidos pela ânsia de viver plenamente, de ultrapassar limites e abraçar uma porção maior do universo, que nos torne mais sabedores dos mistérios do mundo, mais fortes ou melhores do que outros tão iguais.
Todos somos crias da mesma porção do universo que nos faz parte dele.
Nem mais complexos nem menos, tão incompreensíveis quanto a própria vida. 
Monica San

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