"O dia, é o prelúdio da noite. E a vida, é um ensaio que nunca termina."
Monica San
29 agosto, 2012
28 agosto, 2012
Inquietação
Qual o sabor de se deixar levar
e, feito folha em chão de outono
enredar-se em redemunhos
e voar... voar... voar?
sabe-se lá o que é de amar!
Monica San
26 agosto, 2012
Ah, o amor!
Talvez o amor verdadeiro só exista mesmo no coração dos poetas... talvez, fazer poesia seja sina de quem acredita nele... e talvez o mundo precise mesmo de mais poesia.
Que bom!
Monica San
É, coração...

o coração é sujeito
palpita descontrolado
quase saltando do peito
fica assim meio sem rumo
perde a noção e o tempo
construção fora de prumo
razão que não tem contento
querer que não vê limites
se adona sem permissão
um laço que não permite
às asas, bater em vão
se volta, pro ninho volta
buscando a parte cabida
se voa e não retorna
é quando se faz partida
quando é amor não tem jeito
se deixa acomodar
só vai embora no tempo
do coração descansar
e logo se vê às voltas (o coração)
querendo se enredar
é bicho que vive às tontas
nas voltas que o mundo dá.
Monica San
Da série pensando alto
Eu gosto das surpresas
mas a vida as vezes
me parece um susto
perco a fala, o fôlego, o fio
e alguns sorrisos.
Monica San
21 agosto, 2012
Assopro
Um ponto
sozinho é sempre triste
prefiro as reticências
suspense, suspiros, surpresas!
Ao fim cabe o ponto final
o que não me cabe
finitude, sentença, definição
acomodo no braço do tempo
e assopro...pra bem longe
isso me cabe...
Monica San
sozinho é sempre triste
prefiro as reticências
suspense, suspiros, surpresas!
Ao fim cabe o ponto final
o que não me cabe
finitude, sentença, definição
acomodo no braço do tempo
e assopro...pra bem longe
isso me cabe...
Monica San
Mater
De todos os mistérios que desafiam o homem
um, com certeza desafia o universo.
Um buraco negro donde sai a vida e dói
dilacera, amarga um aparte que se faz sina.
Romper o laço, partir um pedaço, estirpar
a parte mais doída compondo
com o próprio universo o que segue.
E a vida segue...
Incerta, misteriosa. Ora dor, ora lida, busca que não cessa
encontros, desencontros, partidas.
Resta ao poeta o verso, à mãe o terço, e ao mundo...o filho.
Monica San
15 agosto, 2012
Pensando muito alto
O tempo avança, e o chão parece fugir dos pés
a esperança é um pássaro ágil...
é preciso firmar os olhos para não perdê-lo de vista!
Monica San
Há dias
Destes dias assim, amargos
mal sabe a língua que ainda guarda
o sabor adocicado do beijo
destes dias que nascem sem cor,
os olhos perdem-se, fugidios
guardam o brilho do último sol
ou da última noite de amor
destes dias, bem sabe a alma
que incansável, vela pela última chama
a última chispa de sonhos
que escorre entre os dedos das mãos.
Monica San
13 agosto, 2012
Adormecimento

as paixões, as emoções
os encantamentos
superficialmente s o b r e v i v e m o s
sem muitos suspiros
sem sobressaltos
sem utopias
e morremos de morte anunciada
dia a dia... l e n t a m e n t e
como se nem a surpresa da morte
nos fosse permitida.
Onde se encontram a delicadeza, as paixões, os encantos da simplicidade
que comove e envolve a alma? Por onde se perderam os olhares adocicados
e as palavras ternas que nos faziam pairar acima das atribulações dessa vida?
Onde se perdeu o gosto pelo abraço? O gesto das mãos estendidas?
Onde se perderam o colo e o silêncio das mães? E o beijo agradecido dos filhos?
Quantos olhares se encontram perdidos?
Monica San
12 agosto, 2012
Nau
Os amores das antigas canções, os sonhos esmaecidos, as lembranças, a
poesia que em rítmo de coração partido vai acalentando a noite fria... e
o tempo vai se fazendo moroso, pesado, longo. Suficiente talvez para
longas reflexões, arrependimentos, mudanças... ou simplesmente para o
silêncio.
Tempo de transbordar os rios, arrebentar entranhas e marear. Até que venha, enfim, a calmaria.
Monica San
Tempo de transbordar os rios, arrebentar entranhas e marear. Até que venha, enfim, a calmaria.
Monica San
09 agosto, 2012
Pensando muito alto
"Se a noite me perguntasse
pra onde foram os meus sonhos
eu diria que adormeceram
bem distante dos meus olhos."
Monica San
pra onde foram os meus sonhos
eu diria que adormeceram
bem distante dos meus olhos."
Monica San
Insonso
Estranho
não é o dia ficar mais cinza
ou a noite perder a graça
estranho
é o gosto ficar sem gosto
a língua pesar sem fala
o riso ficar sem lua
na rua perder-se o sonho
e o sono ficar sem jeito
em pés que nunca se deitam
em dias que nunca acordam
em noites que já não sonham.
Monica San
não é o dia ficar mais cinza
ou a noite perder a graça
estranho
é o gosto ficar sem gosto
a língua pesar sem fala
o riso ficar sem lua
na rua perder-se o sonho
e o sono ficar sem jeito
em pés que nunca se deitam
em dias que nunca acordam
em noites que já não sonham.
Monica San
04 agosto, 2012
Sobre estes dias que parecem não ter amanhecido

Monica San
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