28 fevereiro, 2010
22 fevereiro, 2010
AVSEAS
desse vazio insistente

dessa falta que nunca contenta
Não sei dos pontinhos que seguem
um a um, numa eterna reticência
como se o final não fosse um ponto
a ser alcançado,
mas uma constelação
iluminada, bela e distante
cuja simples contemplação valha
tantas perguntas lançadas a esmo.
Não sei muito bem o que é o saber
tampouco sei querê-lo bem
deixo aos sábios a alegoria da iluminação
no universo que se descortina aos seus olhos
no poder das mãos que garimpam segredos
na eloquência e na magia das palavras
que fazem bramir os deuses aprisionados
na egolatria da essência humana.
Não sei muito bem nem da ignorância
desta falta de saber prepotente
arrogante e proposital
que me faz distante, incólume e aversa
ao saber que corrompe
à luz que transcende e trespassa
reduzindo o obscuro a mera impressão
e fazendo da noite um mistério insignificante.
Não sei, e por não saber me resigno
não me aniquilo, nem me submeto
por outra, mais que isso, me comprometo
a não saber mais do que o pouco contento
que me faz viva, contemplativa, e sabedora
da condição humana
imperfeita, frágil e eternamente inquieta.
E assim me faço, refaço, e vivo
à margem do saber dos sábios
mas bem no centro, no cerne
das perguntas que movem o mundo.
Monica San
(o título é um anagrama da palavra AVESSA, talvez uma brincadeira, talvez não)
15 fevereiro, 2010
Eu penso... e quando penso, sinto vergonha de apenas pensar.
"Escolhi esta imagem pela tradução simples e pela beleza inocente de quem realmente "brinca" o carnaval. Que bom seria se o espírito lúdico fosse preservado, e "cair na folia" significasse simplesmente um raro e valioso momento de alegria"
Fiquei pensando no quanto o carnaval é capaz de mobilizar pessoas, mudar rotinas, hábitos, conceitos. Criar situações, mascarar realidades, subjugar necessidades, adiar urgências, forjar atitudes.
Mas também fiquei pensando no quanto o homem é manipulador e agressor da sua própria essência.
O carnaval é parte significativa da nossa cultura, parte da formação de nosso povo, das nossas memórias, da nossa história. É patrimônio cultural portanto, e cuidado com tanta dedicação em nosso país, que é natural chamar a atenção de outros países, encantar outras culturas, despertar a curiosidade de outras "civilizações".
O que não se justifica, é que em nome desta festa que muitas vezes serve de alento para um povo tão sofrido, seja subjugada uma situação tão crítica e tão urgente que castigou o país nos últimos dias.
Acabamos de presenciar a dor de famílias inteiras que perderam entes queridos, perderam suas casas, perderam o pouco que possuíam nas enchentes que devastaram várias regiões por todo país. Também acompanhamos a tragédia de um país assolado pelo terremoto que matou milhares de pessoas, entre elas, muitos brasileiros.
E mesmo diante deste cenário lamentável, da tristeza e da incapacidade humana perante a natureza, que cobra (justamente) nossas atitudes impensadas e irresponsáveis, mesmo assim achamos um jeito de fechar nossos olhos e dar de ombros às reais necessidades do momento.
Nos encantamos com a presença de uma "pop star" mundial no carnaval brasileiro, aclamamos sua "boa vontade" e "humildade" em pisar o nosso solo, visitar comunidades carentes, falar de projetos sociais e acenar seus dólares aos "pobres diabos" que carecem de atenção e alegria.
E nos esquecemos, mais uma vez, do quanto somos responsáveis pelas nossas ações.
Claro que não é errado curtir o carnaval nem é pecado gostar da Madonna, mas será justo que tantas vidas inocentes sejam subjugadas e deixadas em segundo plano quando o grito do momento é: "Viva a Madonna ou Olha a Beija-flor aí gente!!"?
Até quando vamos usar de subterfúgios e elencar eventos de grande monta como valores superiores e compensadores das milhares de vidas que deixamos perderem-se pelo caminho?
Até quando, vamos sambar pela avenida a espera das cinzas da quarta-feira?
Monica San

14 fevereiro, 2010
Guerra e paz II

O poder corrompe ou seduz? Ser superior, sobrepor-se a outros iguais, contrariar as leis e a ordem da natureza em nome de que?
O que faz o homem, único animal racional da terra, tornar-se irracional a ponto de acreditar que pode mesmo ser melhor e maior do que seu semelhante?
Viemos do mesmo barro, nascemos pelas mesmas vias e das mesmas raízes, temos a mesma composição física e o mesmo aparato cognitivo que nos torna únicos dentre todos os viventes. Temos, determinada, uma única certeza: a de que não somos imortais e de que nosso tempo é contado e findável, não importa o tamanho ou o valor daquilo que construímos no tempo que nos é cedido pela criação.
Somos únicos, mas não os primeiros seres viventes a povoar a terra.
Onde e quando foi que a racionalidade nos fez ignorar nossa inferioridade diante da criação? Nossas fraquezas e imperfeições diante da vida?
Aprender é uma capacidade natural do homem, e o livre arbítrio nos proporciona escolher a escola que pretendemos seguir.
A vida nos oferece a melhor escolha e nos voltamos contra ela, forjando nossos próprios interesses através do que julgamos mais importante não para a manutenção das nossas capacidades e potencialidades em nome da vida, mas para garantir uma posição de superioridade e poder que nos mantenha em segurança e distantes da fragilidade natural do ser humano.
À medida em que nos distanciamos do imperfeito julgando-nos próximos da perfeição, que é objetivo e obsessão do "bicho homem", nos tornamos ainda mais frágeis, falhos e distantes das respostas que tanto buscamos. A racionalidade desmedida e descontrolada nos afasta da razão.
Criamos guerras e nos esquecemos de plantar a paz. Lutamos pela posse daquilo que não nos pertence, mas nos foi dado como exemplo a seguir, e não seguimos. Do que nos foi confiado para cuidar, e não cuidamos. Do que nos foi doado para a sustentabilidade da própria vida humana e nós insistimos em destruir e dizimar. Em nome de que?
Criamos guerras, matamos, morremos, choramos e sofremos perdas irreparáveis, e não nos esquecemos de culpar a Deus pelos crimes que cometemos. Até mesmo quando nos afirmamos céticos de sua existência.
E quando sofremos as consequências das nossas ações, também o culpamos por ser vingativo e impor ao homem o castigo por seus atos nem sempre impensados.
Derrubamos árvores, arrancamos flores, poluímos rios, maltratamos a terra, e colhemos os frutos podres da nossa própria ignorância e arrogância.
Nos esquecemos da única coisa realmente definitiva e justa nessa vida, e sonhamos com uma morte dígna e o descanso na paz eterna.
Não se colhe, aquilo que não se planta.
Monica San
10 fevereiro, 2010
ENTREVISTA: ANGELA CHAGAS
Angela Chagas, segundo lugar no PRIMEIRO FESTIVAL DE PRIMAVERA NO CAFÉ DAS LETRAS, realizado em setembro de 2009.
Abaixo, você conhece um pouco mais da escritora.
1. Quem é Angela Chagas?
Eu sou Angela Maria Chagas Araújo, funcionária publica aposentada, carioca e há 16 anos moradora de Niterói-RJ "Cidade Sorriso”. Reconhecida como a melhor em qualidade de vida.
Sou separada, tenho um casal de filhos que amo, e um cachorrinho lindo que foi me conquistando aos pouquinhos o “danadinho”...!
Estou em constante busca de aprendizado, com a natureza, com os filhos, com os amigos e principalmente com os livros e por isso, quando posso, leio sobre muitas coisas, inclusive sobre religiões.
2. Quando e como começou a carreira de escritora?
Desde pequena sempre gostei de escrever, sobre tudo o que sentia, mas por incrível que pareça a primeira poesia foi há quinze anos, quando o meu irmão caçula passava por sérios problemas de saúde.
E pela internet o contato com a escrita foi em 2006, quando comecei a participar de algumas comunidades.
3. Quais foram suas influências no início? E hoje, quem te influencia?
Tenho uma profunda admiração pelos poetas:
Clarice Lispector, Cecília Meireles, Cora Coralina, Flor Bela Espanca, Murilo Mendes, Oswald de Andrade, Cruz e Sousa entre outros. Mas sou apaixonada pelas obras de Fernando Pessoa, que me influencia até hoje.
Costumo dizer uma frase:
Quando a vida me trouxe a aflição, ressuscitou em mim a poesia
Retirando-me a agonia, alegrando o meu coração.
4. Como você vê a literatura da internet?
Vejo como uma ação de formação que procura atrelar o universo da literatura com o das novas tecnologias, com o objetivo de divulgar o que na Internet estão guardadas em bibliotecas virtuais, grandes obras-primas da literatura.
A internet queira ou não, é uma realidade para a literatura, sobretudo a fértil literatura que vem surgindo do teclado de novos escritores, muitos dos quais talentosos e com bom domínio da escrita e que, por varias razões não se aventuram pelo mercado editorial tradicional.
5. Qual o tema mais abordado em seus trabalhos?
Escrevo sobre vários temas, não há um tema principal no qual eu me dedique.Depende do momento em que eu escrevo, do lugar e também de como estou me sentindo.
6. O que está lendo no momento?
Clarice Lispector – Água Viva- li há um mês atrás.
7. Uma leitura que você recomenda.
Eu recomendo Clarice Lispector – a meu ver a escrita de Clarice, situa-se numa confluência de paradigmas, ou seja, por sua perspectiva estilista pessoal cria-se um entrelaçamento entre a realidade e a realidade adivinhada.
Clarice produz uma poética que lhe é própria em seus escritos. E em Água Viva percebe-se um denso e lindo poema em prosa.
8. Tem trabalhos publicados? Quais são eles?
Sim tenho algumas poesias... São elas:
1. Um Novo Clarão
2. Soneto Para Dorival
3. Oceano De prazer
4. Mãos
5. Poesia À Flor Da Pele
9. Fale sobre o seu processo de criação, como ele acontece? Quais seus projetos para o futuro?
A poesia em mim às vezes me surpreende, pois nem sempre ela nasce em lugares muito propícios. No inicio eu ficava meio perdida, mas hoje procuro andar prevenida, carrego sempre papel e caneta onde quer que eu vá e me coloco a sua disposição.
Quando era bem menina, quase não falava, mesmo que algo me incomodasse muito não colocava pra fora, engolia tudo inclusive as alegrias... Sempre gostei muito de ler e escrever, às vezes eu fazia um resumo das leituras que fazia e isso era um jeito de conversar comigo mesma, então comecei a escrever também tudo o que sentia e daí foi nascendo as minhas poesias. Houve um período em que parei de escrever, pois comecei a trabalhar muito cedo aos 12 anos e já não sobrava mais tempo para as leituras e também para as poesias. Mas a vida às vezes nos reserva muitas surpresas não é mesmo? E quando um dos meus irmãos passava por um momento muito depressivo, escrevi uma poesia intitulada “Sinfonia da Natureza” e lhe dei de presente.
Em relação a minha criação, devo dizer que ela chega às vezes de repente, conversando com alguém, ouvindo uma música, uma frase, um olhar, um sorriso recebido, apreciando o sol, a chuva, o vento, o luar, o mar... Enfim, a natureza com certeza me seduz, às vezes estou no ônibus, na barca, depende muito, às vezes ela surge apenas observando uma pessoa como um sopro, com dores e também alegrias.
Tenho muitos projetos em mente e um deles é escrever um livro solo, mas isso é para o futuro, deixemos acontecer... Por enquanto continuo participando das comunidades na Internet.
10. Um Sonho
Ver meus filhos bem encaminhados na vida, acreditando que sonhar vale à pena,
mas saber arriscar e ter responsabilidade no objetivo escolhido é o melhor processo da vida.
11. Uma realização alcançada
Tenho várias:
Uma família abençoada graças a Deus, amigos sinceros no virtual que se tornaram reais e a minha primeira participação em uma antologia em 2009.
12. Um arrependimento
Nenhum, mesmo porque sou humana e passível de erro mesmo quando quero acertar.
13. Você acha que o escritor é valorizado no Brasil? Por quê?
Bem, penso que a valorização vai depende de como o escritor é conhecido, e da importância de suas obras, ou seja, de que maneira ele colabora com a cultura brasileira, e de como está sendo entendido por seus leitores.
14. Atualmente, quais os entraves para publicação de um trabalho literário?
Acredito que o entrave principal para a publicação de um trabalho literário é o financeiro, tendo em vista que um escritor iniciante tem que custear a sua própria edição e ir à luta para divulgar o seu trabalho.
15. Considera seu trabalho pronto, ou ainda falta alguma coisa? O que?
Nossa, falta muita coisa ainda... Estou só começando, aprendendo com os grandes poetas, lendo, estudando com os grandes mestres... O que falta? Ah... Melhorar sempre!
16. Para você, qual a importância de ter participado do nosso festival, e sobre tudo ter sido uma das vencedoras?
Ter participado deste festival foi uma grande honra, pois tenho muito apreço por essa comunidade e pela pessoa que organizou esse evento. E ser uma das vencedoras foi uma enorme surpresa, já que tive a satisfação em compartilhar com poetas maravilhosos pelos quais tenho uma grande admiração.
17. Se te fosse dada a tarefa de escrever um livro, que seria distribuído em todas as escolas e universidades do mundo, para todos os alunos, com a intenção de ensinar às crianças e aos jovens o cantinho da felicidade, que tema você escolheria? Qual seria a mensagem central do seu livro?
A minha mensagem seria sobre a auto-aceitação e aceitação do outro, pois somos pessoas com idéias diferentes.
Niterói, 07 de fevereiro de 2010.
Angela Chagas
Agradeço à escritora pela delicadeza em nos proporcionar conhecer um pouco mais de si e de seu trabalho. Um grande abraço, e sucesso!
Monica San
Organizadora do Festival

06 fevereiro, 2010
ENTREVISTA: BASILINA PEREIRA
Basilina Pereira foi a vencedora do PRIMEIRO FESTIVAL DE PRIMAVERA NO CAFÉ DAS LETRAS, realizado em setembro de 2009.
Abaixo, você conhece um pouco mais da escritora.
Quem é Basilina Pereira?
É uma virginiana muito exigente, mas “negociável”. Gosto de resolver as coisas conversando. Sou professora aposentada, advogada, poeta e escritora, (já me considero como tal) divorciada, tenho 3 filhas e 3 netos, que estão em primeiro lugar na minha vida. Depois vêm os amigos a poesia, as orquídeas, minha casa, etc...
Quando e como começou a carreira de escritora?No segundo semestre de 2006, quando me aposentei do Magistério. Sempre gostei de escrever, mas usava esta habilidade no trabalho.
Quais foram suas influências no início? E hoje, quem te influencia?Sempre gostei muito de ler e acho que muita gente me influenciou, eu não saberia dizer quem me influenciou mais, porque não é um processo consciente, acho até que ele oscila, dependendo do que a gente está lendo no momento. No momento, tento me adaptar às tendências mais modernas, pois tenho uma queda quase irremediável para os versos rimados.
Como você vê a literatura na internet?Acho que a internet é um milagre da tecnologia e é um espaço democrático que abriga a todos. Há muitos bons poetas e escritores que estão aproveitando e divulgando seus trabalhos na internet e também outros que, ainda, não podem ser assim considerados, mas aqui é o espaço que deve ser usufruído por todos, por seu alcance e rapidez, o que muito nos beneficia.
Qual o tema mais abordado em seus trabalhos?Acho que os sentimentos, os mais variados possíveis. Procuro escrever sobre o que estou sentindo no momento, também sobre o que observo, sobre o que leio e, vez ou outra, alguma ideia inusitada baixa em mim e escrevo sobre ela também.
O que está lendo no momento?
Estou lendo os poetas portugueses contemporâneos, porque me disseram que o meu estilo se parece com o deles, o que é uma grande coincidência, porque eu, sinceramente, não os conhecia até então. São eles: Manuel Alegre, Gastão Cruz, Maria Teresa Horta, Rui Pires Cabral, Vasco Gato e Maria do Rosário Pedreira.
Uma leitura que você recomenda.Todos os clássicos. Depois os modernos e depois os atuais, na medida do possível. Eu tenho minhas preferências, é claro, (Clarice Lispector, Machado de Assis e Drummond), mas todos são bons e nos acrescentam alguma coisa, com certeza.
Tem trabalhos publicados? Quais são eles?
Sim, já participei de várias antologias (umas 10) e em 2009 publiquei meu primeiro livro solo: QUASE POESIA, pela LGE editora, que já está na segunda edição (a primeira esgotou e 3 meses) e meus segundo livro: JANELAS já está na editora (LGE editora) e deve sair no próximo mês (fevereiro).
Fale sobre o seu processo de criação, como ele acontece.Eu me alimento (intelectualmente) do que leio. E dessas leituras vão surgindo as ideias, as lembranças, às vezes é engraçado: uma palavra ou um fato qualquer, desencadeia uma série de outros pensamentos que vão se juntando até eu sentir que é hora de colocar no papel aquilo está me cutucando e só vai parar quando eu escrever. Aí escrevo. Deixo ali até o dia seguinte, quando volto e dou uma olhada final. Quase sempre mudo pouca coisa, mas pertenço à corrente que acredita que nenhuma obra de arte sobrevive sem o conhecimento da técnica.
Quais seus projetos para o futuro?Continuar escrevendo e publicando meus livros e também usando e abusando da internet, que é algo indispensável para o escritor/poeta.
Um sonhoQue meus netos um dia sintam orgulho de mim pela pessoa positiva e construtiva que eu tenha sido.
Uma realização alcançadaTenho muitas: minha família que eu construí com êxito, meus netos que estou vendo crescer, o respeito de que desfruto como profissional, pessoa, mãe, amiga leal.... meu livro publicado, o reconhecimento das pessoas que me lêem, as mensagens de carinho que recebo todos os dias pela internet ,etc...
Um arrependimentoNenhum: até porque não adianta se arrepender, se não puder consertar o objeto do arrependimento. Acho que fiz o melhor que pude, dentro das condições de que eu dispunha no momento. Poderia ter sido melhor? Provavelmente, mas sou humana e, como tal, portadora de defeitos e fragilidades.
Você acha que o escritor é valorizado no Brasil? Por que?Acho que o escritor, em todo o mundo, tem que tirar leite de pedra. No Brasil então...onde pouca gente cultiva o hábito da leitura, pelas características de país em desenvolvimento, escolas sucateadas professores desmotivados, a situação é pior ainda, mas cabe a nós fazer a nossa parte e um bom começo é usar a internet para levar o nosso recado até onde ele puder chegar.
Atualmente, quais os entraves para a publicação de um trabalho literário?Acho que começa pela falta de patrocínio. As editoras encampam aquilo que tem retorno financeiro garantido. Logo, para o escritor ou poeta iniciante, a dificuldade é maior ainda, porque nem todos têm condições de arcar com os custos da edição. Mas já tem gente indo à luta, editando e saindo à rua para vender seus próprios livros. Acho que temos que abrir caminho, seja lá como for.
Considera seu trabalho pronto, ou ainda falta alguma coisa? O que?Claro que não. Lembra da virginiana exigente? Pois é, sou exigente comigo também. Sinto que estou melhorando, amadurecendo poeticamente, pois cada livro eu acho melhor que o anterior, mas sou daquelas que vou procurar aprimorar sempre. A todo tempo, vou achar que ainda posso melhorar. O que falta? O próximo passo.
Para você, qual a importância de ter participado do nosso festival, e sobre tudo, ter vencido?Gostei muito de ter participado deste certame e adoro esta Comunidade por sua seriedade e pelo cuidado que sua dona e moderação têm com tudo que ali acontece. O fato de ter vencido muito me honra, porque conheço os demais participantes e são poetas de excelente qualidade, a quem admiro e respeito.
Se te fosse dada a tarefa de escrever um livro, que seria distribuído em todas as escolas e universidades do mundo, para todos os alunos, com a intenção de ensinar às crianças e aos jovens o caminho da felicidade, que tema você escolheria? Qual seria a mensagem central do seu livro?Com certeza seria o respeito às diversidades e como conviver com elas.
Basilina Divina Pereira
Agradeço à escritora pela delicadeza em nos proporcionar conhecer um pouco mais de si e de seu trabalho. Um grande abraço, e sucesso!
Monica San
Organizadora do blog Café das letras
e do PRIMEIRO FESTIVAL DE PRIMAVERA
NO CAFÉ DAS LETRAS

05 fevereiro, 2010
Preâmbulo
ou duas,
ou três
tantas vezes tantas
era um talvez
Talvez nem fosse tanto
contanto que fosse a vez
nenhuma
nem duas
nem três
era uma vez
e, tal vez
nem chegou a ser.
Monica San
Pequenos pensamentos
"À luz do pensamento filosófico, o homem busca respostas. E encontra-se."
"Amar é sublime...de uma escada sem fim, o último degrau.
Donde quase...se pode tocar o dedo de Deus!"
"Covardes são todos aqueles que se recusam ao amor...há que se ter coragem tanto para amar quanto ser amado!"
"A crueldade do que é real, fere mortalmente o Ser humano."
"Definitivamente, se o amor não me cabe, a vida sem ele não me convence."
"Reorganizar a vida... o tempo é de ser árvore e plantar novas mudas."
Monica San
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