17 agosto, 2011

Temporal

Passa por mim um pequeno infante
olhos matreiros, sorriso aberto
carrega sonhos de um gigante
sob seus pés um caminho incerto

giro o olhar e disparo adiante
vidas se cruzam sem se tocar
há nessa vida só uma constante
colhe-se aquilo que se plantar

volto ao infante em busca dos sonhos
mas tempo se colhe sem semear
deixou a criança perder-se (dos sonhos)
e agora as pegadas se perdem no ar

roga-se ao tempo a santa clemência
que a vida não passe sem se achegar
em tempo, esquecemos de ter a ciência
de ser boa estrada pro tempo passar.


Monica San

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