31 março, 2009

In natura

Nas linhas que te compõe
perdi o rumo da minha prosa
Mareada pelos teus desvelos
errei a rima, perdi o verso
num caminho controverso
sequei a inspiração que jorrava
quando do teu jorro me fartei!

Sugaste-me as palavras
com o fervor da tua língua
e aninhado entre meus seios
desnudou-me os segredos

No abrigo do teu corpo
sou poeta em afasia
sem rima, sem verso
sem prosa nem poema...

só gozo

só tua

só poesia.

Monica San

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