07 fevereiro, 2009

Janelas

Quantos pingos de vida são necessários
pra que os olhos alcancem o infinito
e num jorro translúcido daquilo que não se sabe
a paz não seja mais do que um lugar ao sol?

Esta janela escura, por onde a vida me escapa
e de onde as estrelas não tocam os meus olhos
amanhece o dia com a preguiça da noite mal dormida
E insiste...é preciso colorir os sonhos
e a cor está onde os meus olhos alcançam
sem janelas fechadas, nem escuridão
mas com olhos abertos e amor em porções

Esta minha janela é instável...ora é breu, ora é luz
mas agora, sempre aberta...
no vão do silêncio, vão as asas em busca do eco
que preencha as linhas nos momentos de breu
Mas quando o Sol adentra...e aquece meu ninho
sou janela pro infinito...sou passarinho, e sou grito.

Monica San

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Respeite os direitos autorais