07 fevereiro, 2009

De amoras e de amores

No exílio do frio concreto
que teu corpo, do meu faz distante
o vento que a fresta corrompe
meu corpo fremente sustenta
com o hálito das tuas palavras

Há de chegar o dia
do não se conter à parte
do encontro à sombra, e das amoras
E a leoa por quem te assombras
te fará presa nas suas garras
Não te espantes com tal desfecho!

Deixe que ao pé da amoreira
sepultado, o amor de Píramo e Tisbe
(desventura de outrora)
torne-se então leito e adubo
de um novo porvir de amores
e de doces e rubras amoras.

Monica San
(poema inspirado na história de Píramo e Tisbe - mitologia grega)

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