07 fevereiro, 2009

Primavera de Adonis

Vieste da luxúria e do pecado
Adônis que me encanta e extasia
teu caule tão robusto, em mim cravado
me fazes Afrodite à luz do dia!

Dos tempos que me cabem o teu leito
a espera no meu corpo faz-se algoz
inverno sem a chama do teu peito
estio que traz seca e dor atroz!

Quem dera a primavera em mim morasse
qual flor que desabrocha ao teu suspiro
e Zeus dessa sentença te livrasse!

Quem dera fosse o mito que apartasse
teu caule desse mel que escorre o figo!
Por Zeus, então teu jorro em mim fartasse!

Monica San

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