08 fevereiro, 2009

Soneto sacana

Da morte sempre temida ele zombava
queria sugar da vida o que lhe coubesse
que um féretro de responsa ele pagava
pra hora em que a derradeira enfim viesse.

Filósofo catedrático, boa casta
sonhava com os mistérios que vislumbrava
da morte tornou-se logo um entusiasta
enquanto na cana pura se embriagava.

O terno todo de linho já engomado
pisante italiano e pulmão inchado
o fígado carcomido nas carraspanas

entrega a sua vida o doidivanas.
Na lápide a inscrição de algum sacana
"Morreu de curiosidade mais um bacana!"

Monica San

Um comentário:

  1. Ôi Mniquinha!
    Que bom passar aqui e te encontrar nos teus sonetos com bela rimas e muita senssibilidade.
    Beijão menina!

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